Para que é utilizada a calêndula?
A calêndula, também conhecida como Calendula officinalis, é uma planta conhecida pelas suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. É utilizada em muitos produtos tópicos de cuidados da pele, como cremes e pomadas, para aliviar as irritações da pele e promover a cicatrização de feridas superficiais. Os compostos activos da calêndula, nomeadamente os flavonóides e os carotenóides, trabalham em sinergia para apoiar a regeneração celular e reforçar a barreira protetora da pele. Esta planta medicinal pode ser facilmente integrada em diversas fórmulas cosméticas e farmacêuticas, graças à sua versatilidade e à sua baixa toxicidade.
Como é que a calêndula actua na pele?
A calêndula actua principalmente regulando os processos inflamatórios e estimulando a produção de colagénio. As suas moléculas activas reduzem o desconforto, diminuem a vermelhidão e moderam a reatividade cutânea. Ao melhorar a microcirculação local, facilita o fornecimento de oxigénio e nutrientes aos tecidos danificados, contribuindo para uma cicatrização mais rápida. Além disso, a calêndula ajuda a manter um equilíbrio hidrolipídico adequado, o que ajuda a preservar a elasticidade natural da pele e a limitar a desidratação. Esta combinação de mecanismos torna-a um ingrediente de eleição para fórmulas concebidas para peles sensíveis ou irritadas.
Como é que a calêndula é tradicionalmente utilizada em fitoterapia?
A calêndula é utilizada em fitoterapia há séculos pelas suas propriedades calmantes e regeneradoras. As pétalas secas podem ser incorporadas em chás de ervas para aliviar pequenas dores de garganta ou irritações na boca. As decocções de calêndula são também aplicadas diretamente na pele para aliviar a comichão ou pequenas queimaduras. Os bálsamos e os macerados oleosos à base de calêndula fazem igualmente parte da tradição médica europeia para tratar as afecções cutâneas. Esta vasta gama de aplicações deve-se à riqueza química da planta, que lhe confere um amplo espetro de ação anti-inflamatória, anti-séptica e cicatrizante.
A calêndula é adequada para todos os tipos de pele?
A calêndula é conhecida pela sua elevada tolerância cutânea. Em princípio, é adequada para a maioria dos tipos de pele, incluindo as secas, sensíveis ou com tendência para a vermelhidão. As fórmulas à base de calêndula são geralmente suaves, o que as torna uma escolha frequente para peles frágeis ou delicadas, como a pele dos bebés. No entanto, como acontece com qualquer produto tópico, é aconselhável realizar um teste cutâneo numa pequena área para garantir que não existem reacções adversas. Em caso de dúvida, ou se tiver uma doença dermatológica subjacente, é melhor consultar um profissional de saúde.
Quais são os princípios activos da calêndula?
Os principais ingredientes activos da calêndula incluem flavonóides, como a quercetina e a isorhamnetina, e carotenóides, como o licopeno e o beta-caroteno. Estas moléculas bioactivas conferem-lhe propriedades antioxidantes, protegendo as células dos danos causados pelos radicais livres. As saponinas triterpénicas presentes na calêndula contribuem igualmente para a sua ação antimicrobiana e anti-inflamatória, enquanto certos ácidos fenólicos reforçam o seu potencial cicatrizante. Graças a este cocktail de nutrientes, a calêndula actua eficazmente para reduzir o desconforto cutâneo e apoiar a regeneração dos tecidos.
Como é extraído o óleo de calêndula?
O óleo de calêndula é geralmente obtido através da maceração das flores de calêndula num óleo vegetal neutro (azeitona, girassol, amêndoa doce, etc.). Este método consiste em infundir as pétalas secas durante várias semanas, a uma temperatura constante e ao abrigo da luz. Os compostos lipossolúveis da planta migram então para o óleo, concentrando os seus princípios activos. Uma vez terminada a maceração, a mistura é filtrada para eliminar os resíduos florais. O resultado é um óleo de calêndula rico em substâncias bioactivas, ideal para utilização em cremes, loções e bálsamos de cuidados da pele.
A calêndula é eficaz contra o acne?
As propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas da calêndula podem ajudar a reduzir certos sintomas de acne ligeira a moderada. Quando aplicada topicamente como loção ou gel, pode ajudar a reduzir a vermelhidão e a inflamação à volta das lesões. O seu efeito calmante também favorece a cicatrização e reduz o risco de marcas na pele. No entanto, a acne é um problema complexo, frequentemente ligado a desequilíbrios hormonais ou a factores ambientais. Por conseguinte, é aconselhável complementar a utilização do calêndula com uma rotina adequada (limpeza suave, alimentação equilibrada, controlo do stress) e consultar um dermatologista para um tratamento personalizado, se necessário.
Como é que a calêndula deve ser utilizada nas feridas superficiais?
Para acelerar a reparação de uma ferida superficial, é aconselhável limpar a zona afetada com um produto anti-sético suave e, em seguida, aplicar uma pomada à base de calêndula ou um bálsamo cicatrizante que contenha extractos da planta. As aplicações podem ser repetidas duas ou três vezes por dia até à cura completa. Graças ao seu efeito protetor, a calêndula limita a invasão microbiana e favorece a regeneração da epiderme. No entanto, em caso de ferida profunda, de sinais de infeção ou de dor persistente, é indispensável uma consulta médica para excluir qualquer complicação e estabelecer um protocolo de tratamento adequado.
A calêndula pode ser tomada por via oral?
As flores de calêndula secas podem ser utilizadas como chá de ervas pelas suas propriedades calmantes e ligeiramente anti-inflamatórias nas membranas mucosas da boca e do trato digestivo. Uma infusão quente pode ajudar a aliviar as irritações da garganta ou melhorar a digestão em casos de inflamação gástrica ligeira. No entanto, é essencial seguir as recomendações de dosagem e consultar um profissional de saúde se os sintomas persistirem. Além disso, a utilização oral da planta não dispensa uma avaliação global para verificar se não existem contra-indicações, nomeadamente para as mulheres grávidas ou a amamentar e para as pessoas em tratamento médico.