O mundo dos imunomoduladores suscita cada vez mais interesse, nomeadamente entre as pessoas que desejam reforçar o seu sistema imunitário de forma orientada e duradoura. Quer se trate de infecções recorrentes, de uma doença autoimune ou simplesmente de uma medida preventiva, estas substâncias oferecem as respostas certas.
O que são imunomoduladores?
Um imunomodulador é uma substância capaz de regular a atividade do sistema imunitário, quer estimulando-o quando este está enfraquecido, quer moderando-o quando este entra em excesso, como no caso das doenças auto-imunes. Contrariamente aos imunoestimulantes, que apenas activam as defesas naturais, os imunomoduladores actuam de forma equilibrada para restabelecer uma função imunitária óptima.
É feita uma distinção entre :
- Imunomoduladores naturais (plantas medicinais, extractos de cogumelos, probióticos, micronutrientes),
- Imunomoduladores farmacológicos (medicamentos prescritos para certas doenças crónicas).
São utilizados para tratar ou prevenir uma vasta gama de patologias: constipações frequentes, infecções respiratórias, fadiga imunitária, doenças inflamatórias crónicas, etc.
Qual é a diferença entre imunoestimulantes e imunomodulantes?
Existe frequentemente uma confusão entre imunoestimulantes e imunomodulantes, mas as suas funções são distintas:
- Um imunoestimulante ativa fortemente o sistema imunitário. É particularmente útil na prevenção de infecções sazonais ou quando há uma queda temporária da imunidade.
- Um imunomodulador, pelo contrário, ajusta a atividade imunitária, num sentido ou noutro, em função das necessidades do organismo. É, por conseguinte, mais versátil e mais bem tolerado a longo prazo.
Os imunomoduladores são por isso recomendados em situações mais complexas, como a regulação das reacções inflamatórias, o apoio às patologias auto-imunes ou a oncologia.
Quais são os melhores imunomoduladores naturais?
Os imunomoduladores naturais mais eficazes incluem :
- Equinácea: uma planta tradicionalmente utilizada para estimular a imunidade e modular a inflamação.
- Astragalus: raiz adaptogénica conhecida pelos seus efeitos imunoreguladores.
- Reishi e Shiitake: cogumelos medicinais ricos em beta-glucanos, que reforçam a resposta imunitária.
- Curcumina: um anti-inflamatório natural que modifica positivamente a expressão das citocinas imunitárias.
- Zinco e selénio: oligoelementos essenciais para uma função imunitária equilibrada.
- Probióticos: certas estirpes, como o Lactobacillus rhamnosus, modulam a barreira intestinal e as reacções imunitárias.
Estes imunomoduladores naturais são frequentemente utilizados em suplementos alimentares, no âmbito de uma abordagem preventiva global da saúde.
Quando é que se deve tomar um imunomodulador?
Existem muitas indicações para os imunomoduladores, nomeadamente quando o equilíbrio do sistema imunitário é perturbado. Eis as situações mais frequentes:
- Infecções ORL recorrentes (amigdalite, bronquite, sinusite recorrente),
- Convalescença pós-infecciosa ou após antibioticoterapia,
- Fadiga crónica ligada a uma resposta imunitária enfraquecida,
- Doenças auto-imunes (artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla) que requerem uma regulação da inflamação,
- Prevenção em pacientes frágeis ou imunocomprometidos (idosos, pessoas submetidas a quimioterapia),
- Em oncologia integrativa, certos imunomoduladores naturais são utilizados como adjuvantes para melhorar a qualidade de vida e a recuperação.
A utilização de um imunomodulador deve ser personalizada, em função do estado clínico do doente, da sua idade e dos sintomas observados.
Os imunomoduladores são cientificamente eficazes?
Sim, numerosos estudos clínicos e revisões científicas demonstraram a eficácia de certos imunomoduladores, nomeadamente :
- Os medicamentos imunomoduladores prescritos para as doenças crónicas demonstraram a sua eficácia na redução das crises inflamatórias.
- As plantas medicinais, como a equinácea e o astrágalo, demonstraram reduzir a frequência das infecções invernais.
- Os cogumelos medicinais ricos em beta-glucanos demonstraram ter uma atividade imunológica.
- Os suplementos, como a vitamina D, desempenham um papel imunorregulador bem documentado, nomeadamente em caso de carência.
No entanto, a eficácia de um agente imunomodulador natural depende muito da qualidade do produto, da dosagem e da duração do tratamento.
Existem contra-indicações ou efeitos secundários?
Como qualquer produto ativo, os imunomoduladores devem ser utilizados com precaução, nomeadamente em :
- Pessoas submetidas a tratamento imunossupressor (risco de interação ou de efeito contrário),
- Mulheres grávidas ou a amamentar, para as quais certas plantas não são recomendadas,
- Pessoas alérgicas ou sensíveis a ingredientes naturais (plantas, fungos),
- Pacientes que sofrem de doenças auto-imunes, onde o uso não supervisionado pode agravar certos sintomas.
Os efeitos secundários possíveis incluem problemas digestivos ligeiros, reacções cutâneas ou insónias se a planta for demasiado estimulante. Por conseguinte, é aconselhável consultar um farmacêutico ou um médico antes de tomar qualquer suplemento.
Como escolher um bom imunomodulador?
Eis alguns critérios essenciais para escolher o imunomodulador adequado:
- Origem natural certificada (rótulo biológico, rastreabilidade das plantas),
- Fórmula sinérgica que associa vários princípios activos com efeitos complementares,
- Dosagem adaptada para obter uma ação mensurável (evitar a subdosagem),
- Forma galénica adaptada às suas preferências: cápsula, comprimido, solução bebível, etc,
- Uma marca reconhecida no domínio da saúde natural ou dos complementos alimentares.
Por fim, uma cura de imunomoduladores deve ser acompanhada de um estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, gestão do stress, atividade física moderada e sono reparador.