O que é o colagénio marinho?
O colagénio marinho é um grupo de proteínas extraídas dos tecidos conjuntivos dos peixes, particularmente da sua pele e escamas. Desempenha um papel essencial na estrutura e elasticidade dos organismos marinhos, tal como o colagénio bovino ou suíno nos mamíferos. Em termos nutricionais, suscita um interesse crescente pelos seus potenciais benefícios para a pele, as articulações e o cabelo. A sua biodisponibilidade, frequentemente considerada elevada, torna-o uma opção preferida para aqueles que desejam incorporar o colagénio na sua rotina.
De onde vem o colagénio marinho?
O colagénio marinho provém essencialmente de resíduos da indústria pesqueira, como peles e espinhas de peixe. Em vez de serem deitados fora, estes subprodutos são recuperados e processados para extrair o precioso colagénio. As espécies mais frequentemente utilizadas são o bacalhau, os peixes brancos (badejo, arinca) e certas variedades de peixes pelágicos. Os laboratórios aplicam diversos processos de purificação e de hidrólise para obter um pó ou um hidrolisado de colagénio mais fácil de assimilar pelo organismo.
Qual é o seu aspeto?
O colagénio marinho é frequentemente comercializado em pó, para ser dissolvido numa bebida ou adicionado a um iogurte ou a uma compota de frutas. Pode também ser encontrado em cápsulas ou comprimidos, por vezes associados a outros nutrientes como a vitamina C, o ácido hialurónico ou o zinco, que contribuem para otimizar a sua ação. Na sua forma hidrolisada, o colagénio marinho é decomposto em cadeias peptídicas mais curtas, o que facilita a sua absorção e distribuição pelo organismo.
Porque é que é interessante?
- Biodisponibilidade: Devido à sua origem, o colagénio marinho é por vezes melhor tolerado e assimilado do que outros tipos de colagénio, embora sejam necessários mais estudos.
- Economia circular: É derivado de co-produtos da indústria pesqueira, contribuindo para a reciclagem de resíduos e para uma abordagem mais amiga do ambiente.
- Perfil de aminoácidos: A glicina, a prolina e a hidroxiprolina são aminoácidos essenciais para a estrutura da pele e do tecido conjuntivo.
- Alternativas: Para as pessoas que não podem ou não querem consumir colagénio bovino ou suíno, a fonte marinha é outra opção a explorar.
Quais são os seus potenciais benefícios?
Apoio à pele: Como proteína estruturante, o colagénio marinho está frequentemente associado a uma melhor firmeza, hidratação e elasticidade da pele. Alguns utilizadores relatam uma redução no aparecimento de linhas finas e sinais de desidratação.
Articulações e tecido conjuntivo: Vários estudos sugerem um efeito benéfico sobre a cartilagem, os tendões e os ligamentos, ajudando a manter a sua força e flexibilidade.
Cabelo e unhas: Os aminoácidos de colagénio podem contribuir para o crescimento e a resistência da fibra capilar e da queratina das unhas, embora isso também dependa de outros factores nutricionais e hormonais.
Recuperação muscular: Combinado com uma ingestão global suficiente de proteínas, o colagénio pode apoiar a reconstrução do tecido muscular após o exercício, embora os seus efeitos sejam mais modestos do que os das proteínas completas (leite, ovos).
Bem-estar geral: O seu papel na estruturação dos tecidos, associado às suas propriedades potenciais na pele e nas articulações, pode promover uma sensação geral de conforto e mobilidade.
Como utilizá-lo na prática?
- Pó hidrolisado: Misturar uma dose diária (frequentemente entre 5 g e 10 g) num copo de água, num batido ou numa bebida quente (o sabor é geralmente discreto).
- Cápsulas: seguir as instruções do fabricante, geralmente 2 a 3 cápsulas por dia, de preferência de manhã ou com uma refeição.
- Combinação de nutrientes: A associação de colagénio marinho com vitamina C, magnésio ou outros ingredientes que favorecem a síntese do colagénio (silício, ácido hialurónico) pode otimizar o efeito desejado.
- Regularidade: Como o colagénio é uma proteína estrutural, é aconselhável tomá-lo regularmente durante várias semanas ou meses para observar os resultados na pele ou nas articulações.
Existem precauções ou contra-indicações?
- Alergias: As pessoas alérgicas ao peixe ou ao marisco devem ter cuidado. Verificar sempre a origem exacta do colagénio marinho.
- Gravidez e aleitamento: Como medida de precaução, é preferível consultar um médico, embora a segurança seja geralmente aceite nas dosagens habituais.
- Crianças: Não é habitualmente tomado por crianças. Deve-se procurar aconselhamento profissional antes de introduzir qualquer suplemento.
- Qualidade do produto: Escolha marcas conhecidas, com um processo de fabrico claro, um controlo rigoroso dos poluentes (metais pesados, pesticidas) e uma rastreabilidade transparente.
Qual é a diferença entre o colagénio marinho e o colagénio vegetal?
Em rigor, não existe "colagénio vegetal", pois o colagénio é uma proteína animal. As alternativas ditas "vegetais" são, na realidade, complexos de nutrientes (proteínas, aminoácidos, vitamina C, silício, etc.) destinados a apoiar a produção de colagénio pelo organismo. O colagénio marinho, por outro lado, é extraído de fontes marinhas. É um verdadeiro colagénio hidrolisado, perfeitamente assimilável pelo organismo, mas continua a ser de origem animal (peixe).